O CONVITE I
Quando fui convidado a conversar com Giovanni, no final de
2012, sobre os planos para o futebol para 2013, entendia que estava ali uma
oportunidade de reconciliar o presidente com o ex-presidente Vitório Piffero.
Disse ao Giovanni, na sala que ocupa na empresa dele, onde nos reunimos, que ele
deveria convidar Vitório para assumir o futebol do INTER. O ano de 2012 tinha
sido ruim e um perfil de dirigente experiente era a maior das exigências
naquele momento. E quem mais experiente que Vitório, uma vez que Fernando
Carvalho tinha se declarado impedido? Não foi possível obter a reconciliação.
As cicatrizes das feridas da eleição de 2010 ainda estavam muito sensíveis. As
da polêmica sobre o modelo de financiamento da reforma do Beira-Rio também.
Quando se tem o nome cogitado para assumir o Departamento
de Futebol penso que a autocrítica merece um espaço generoso na análise da
situação. A reflexão sobre a real possibilidade de contribuir com algo tão
grande, tão importante, tão maior do que todos nós, quanto o INTER, deve
prevalecer sobre a ambição pessoal e a inevitável vaidade. Por isso entendi,
naquele momento, que uma tentativa de trazer alguém mais experiente do que eu
era uma obrigação. Era melhor para o clube. Não foi possível, mas pelo menos foi
cogitado e foi tentado.
Conto hoje mais de cinco anos na função de dirigente de
futebol profissional. Sou um privilegiado. Poucos caras tem este capital em
nosso meio. A pior experiência foi aquela dos poucos meses em que estive como
diretor de futebol em 2000. Dunga era jogador ainda. A melhor, evidentemente, foi
aquela do período de 2003 a 2006, coroada que foi com a primeira Libertadores o
Mundial de Clubes FIFA. O ano de 2013 fica numa posição intermediária. Tivemos
um bom e promissor primeiro semestre e um segundo semestre que todos queremos
esquecer. E quanto mais experiência se acumula nessa função, mais claro fica
que se tem muito ainda a aprender. Pelo menos para quem tem autocrítica.
É LC, mano véio, só que eu acho que estás muito suave. Se fosse eu já dava nos dedo mesmo de quem merece... Mas cada um sabe a dor de ser quem é. Duto Moura
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