quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

NILMAR E SAVIOLA VI - A NEGOCIAÇÃO COM SAVIOLA

Javier Saviola foi uma negociação estratégica. Se o contratássemos, a venda de Damião ficaria prejudicada. Pelo menos era o que eu pensava e era isso que eu queria, manter Damião. Saviola é um atacante de lado, não seria um substituto autêntico para o Leandro, e é baixo para os padrões do futebol atual, admito, mas é um grande jogador. Eu, pessoalmente, imaginava, já à época, uma formação que depois Clemer botou em campo: um 4-2-3-1. Meu time ideal ataca em tempo integral; martela o adversário; não dá sossego ao seu sistema defensivo; preocupa todo o meio campo adversário fazendo com que se dediquem mais em defender do que em nos incomodar. SOU CONTRA ESSA IDEOLOGIA DEFENSIVISTA QUE GRASSA POR AÍ, protagonizada por treinadores intimidados e temerosos que arriscam pouco, que só se preocupam em defender-se, mesmo que estejam enfrentando a Associação Atlética Biriri-Bororó. ACREDITO NA MÁXIMA QUE “A MELHOR DEFESA É O ATAQUE”. Acredito profundamente nisso. Quem quer ganhar alguma coisa tem que arriscar. A economia ensina que o lucro é a remuneração do risco. Respeito quem pensa diferente, quem é pela segurança, mas eu penso assim. E a gente tem que ter convicções no futebol. Enquanto o nosso meio cria e o nosso ataque martela, nossa defesa está protegida.
Estava decidido a me opor à venda de Damião, como me opus à venda do Fred até o fim. Acreditava que ele, Damião, recuperaria seu futebol no segundo semestre, como acredito que vai recuperar ainda, porque é um grande jogador e um grande profissional, acima de tudo. Sonhava o time, do meio para frente, com Saviola,  na direita, D’Alessandro, no meio, e Forlán, ou Otávio, na esquerda, formando uma linha de três logo atrás do Leandro Damião. Forlán ainda era incógnita, não sabia se voltaria a mostrar seu futebol que encantou a todos na Copa da África do Sul, mas achava, à época, que deveria ser testado com outra parceria. Forlán é lento, mas dá velocidade na bola, antecipa a jogada. Otávio é talento e muita vivacidade, mas também é baixo. Teríamos duas opções para o lado esquerdo. Testaríamos para ver o que funcionaria melhor. 
Minha proposta não foi bem aceita, foi considerada por um dos convivas como de um “time faceirinho”. Ali eu comprovei que estava na parceria errada, mas era tarde.
Como não fui impedido, continuei tocando o negócio do Saviola.

Continua no próximo post

5 comentários:

  1. Sinceramente esta decisão seria duplamente errada na minha inexperiente opinião, não sei qual valores estariam envolvidos nessa negociação o que talvez fosse um item a integrar no quesito erro, mas iríamos no caminho de muito mais dúvidas do que certezas.

    Uma delas a idade do jogador, pegaríamos novamente um jogador naquela curva descendente de desempenho, sem falar no poder de venda futuro, a readaptação do jogador que vem de fora e a mudança de estilo de jogo que dependeria do ajuste do treinador, dos quais ultimamente te vindo com sua própria filosofia de trabalho, muito mais teimosisa do que aceitação de um diálogo aberto (suposição minha)..

    A saída do Fred e Moledo eram carências mais graves, que não tiveram reposição a altura. A venda de Damião não seria uma questão simplesmente de opção e sim uma necessidade de desafôgo financeiro para o Clube, como acabou se revelando na prática com o pedido de suplementação no fim do ano, que acusou o descontrole ou um erro de avaliação do planejamento no futebol, tanto da atual gestão com contribuição de herança do ano anterior.

    Quanto ao Damião cabe um adendo de que o rendimento do atleta, já não vinha sendo o mesmo a algum tempo, ouso supor que havia algum ingrediente extra daqueles internos de vestiário, do qual aprovo que não vazem externamente, que estavam contribuindo para o decréscimo de desempenho do atleta.

    Enfim o Clube carece de muitas ações, principalmente no futebol, muitas delas são de domínio interno do Clube quanto ao seu planejamento estratégico, das quais foram simplesmente ignoradas em diversos itens, dos quais certamente teríamos evitado uma série de ações e tomadas de decisões erradas nos ultimos anos.

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  2. Um time não só com jogadores de ataque.

    De nada adianta ter Messi, Cristiano Ronaldo e Ibraimovich no ataque, se a defesa tem um goleiro inseguro e inexperiente, dois laterais sem ambição profissional e em flagrante declínio técnico e ficarmos reféns do ídolo e guerreiro Indio (que não é mais o mesmo).

    Da mesma forma, de nada adianta termos várias opções de ataque (sob argumento de a melhor defesa é o ataque), se o técnico que a diretoria detém plena convicção, utilizava esquema de marcação no próprio campo, utilizando-se tão somente de contra-ataque (caso de Dunga e Clemer).

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  3. Bom dia Dr. Moura,

    Gostaria de fazer 2 perguntas,

    1ª - Na visão do senhor, a melhor defesa é o ataque, correto? Mas o senhor não leva em consideração aquela máxima do futebol, 'Ataque ganha jogo, Defesa ganha Campeonatos'?

    2ª - Oque está achando do Inter de Abel, focado sempre no ataque, da maneira que o senhor gosta? Complementando, achas que faltou um Abel na casamata no ano passado?

    Abraços!

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  4. pq excluiu meus comentarios ?? o jogador que tu não quer falar por respeito é o maxi rodriguez do Newell's Old Boys !!! ele desistiu de ultima hora .. não exclua meus comentarios por favor

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  5. E aí Dr. Luis Cesar, não vais continuar a escrever o blog?

    Quando virá o próximo post.

    Abraço

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