sábado, 24 de maio de 2014

O DIRIGENTE DO FUTURO E O FUTURO DOS DIRIGENTES NO FUTEBOL II

De 2000 A 2002: a ruptura.
    
   Tu podes gostar ou não do Fernando Miranda. Gostando ou não é injusto não admitir que ele liderou uma revolução na gestão do INTER. Acredito até que inaugurou uma nova fase na história do clube. Ele e seus companheiros, entre eles João Patrício Herrmann, Pedro Silber, Caco Souto e outros, com o movimento INTER 2000 começaram a detonar as bases da política do clube. Foram transformando o clube no que é hoje: um clube onde os temas de gestão, especialmente de gestão financeira, têm lugar e atraem atenção. Reuniões do Conselho Deliberativo para tratar de assuntos de contas, gestão financeira e patrimonial, demonstrações contábeis têm sempre uma grande frequência e são extremamente polêmicas.
  Foi a longa ausência de resultados de campo, associada à gestão financeira e patrimonial equivocada que fragilizou o chamado "Império Turco-Otomano" e suas extensões. Qual foi a grande "sacada" do Miranda? Foi estabelecer um vínculo entre gestão ultrapassada, obsoleta em estrutura, processos e métodos e maus resultados de campo. A tese prosperou. Naquele tempo qualquer tese bem assentada prosperaria, o desespero era enorme. Comecei a participar muito depois do INTER 2000. Fui eleito conselheiro apenas em 1996. Não posso me creditar de qualquer parcela de participação por nada de positivo que adveio da trajetória do movimento até ali.
   O INTER 2000 conquistou a aliança com o INTERAÇÃO, surgido da base do quadro social, um fenômeno depois repetido por outros movimentos e que ainda vai eleger e guindar muita gente ao CD do INTER. Os dois movimentos juntos conquistaram o poder executivo do clube na eleição de 1999 e iniciaram a revolução na gestão do clube. Um porta-voz do atraso usou a tribuna do CD, certa feita, para atribuir ao "excesso de computadores" no Departamento de Futebol a pobreza dos resultados de campo. Tu duvidas? Pois é a verdade.
  Só para lembrar, o coirmão surfava na onda da ISL e a gestão do INTER, capitaneada pelo presidente Jarbas Lima, primeiro, e Fernando Miranda, na sequência, fecharam a porta para várias propostas semelhantes à da ISL. Contrataram a consultoria da FGV e modelaram uma parceria responsável com condições que, por óbvio, nenhum "parceiro" aceitou.
   Ainda para lembrar, um grupo português veio propor um negócio em que se implodiria o Beira-Rio e ao lado se ergueria uma "arena" (foi a primeira vez que ouvi este termo para designar uma praça de futebol), mais ou menos nos mesmos moldes do negócio realizado pelo coirmão com a OAS. Miranda recusou.
SEGUE
   

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