segunda-feira, 24 de março de 2014

LEMBRANÇA DE UMA EXPERIÊNCIA MEMORÁVEL

     


 No post anterior eu citei Celso Vaz Correa, que comigo foi diretor de futebol, de 2003 a 2006, quando Vitorio era o VP. Como muitos não o conhecem, pois o Celso é um cara muito discreto, vai uma foto daquela memorável campanha do Japão 2006 em que ele aparece em destaque. Celso é o primeiro à esquerda. Contribuiu muito para o sucesso daquele trabalho. Foi o executor do projeto de criação do que hoje se chama Sub-23. Na época era chamado INTER B. Abaixo, agachado, o Borges da segurança.

domingo, 23 de março de 2014

Por que não estranhei Edinho jogando no coirmão

Há jogadores que jogam no INTER e tu nem consegues imaginá-lo jogando no rival. A recíproca é rigorosamente verdadeira. Para facilitar e não escolher ídolos do passado, que nem todos conhecem, apresento o exemplo atual de D’Alessandro. Não! Nunca teremos o desprazer e o desapontamento de vê-lo no coirmão, envergando a camisa tricolor. Embora eles, lá neles, nutram pelo nosso camisa 10 uma idolatria reversa absurdamente intensa. A fixação deles no D’Ale aparece nos GreNais, onde as críticas dos dirigentes adversários recaem sobre o ídolo colorado pelo que ele faz e diz, tanto quanto pelo que ele não faz e não diz.
Há outros jogadores que não tem tamanha identificação, que vai além dos direitos e obrigações do contrato com o clube, são mais profissionais, por assim dizer.

Edinho jogou no INTER na época em que eu era diretor de futebol, com Celso Vaz Correa, assessorando Vitorio na VP de Futebol. Sempre foi um jogador muito profissional. Joga tudo e trabalha duro dando o seu melhor, em tempo integral, para o clube com o qual tem contrato. É muito profissional. Sempre foi. Não estranhei.

segunda-feira, 17 de março de 2014

COMENTÁRIOS SOBRE OS POSTS DO BLOG

OS COMENTÁRIOS SOBRE OS POSTS DO BLOG SÃO MUITO BEM VINDOS E OS TENHO PUBLICADO, MESMO QUE SEJAM DE DISCORDÂNCIA ÀS IDEIAS, OPINIÕES E HISTÓRIAS QUE CONTO AQUI.

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quarta-feira, 12 de março de 2014

NILMAR E SAVIOLA VII - O FIM DA NOVELA

   Peço desculpas pela interrupção da novela. Um trabalho pesado me tirou da sintonia com o blog, mas a história de NILMAR e SAVIOLA teve um final e não vou ficar devendo. Aqui vai.
   Não seja tão apressado, leitor. Não me julgue apenas pelo post anterior, sobre a história da tentativa de contratar Saviola, sem ler este post. Julga-me pelo conjunto da obra.
   A intenção de trazer Saviola, dado que a negociação com Nilmar apresentava dificuldades cada vez maiores, era um desejo do Luís César torcedor. Todo o dirigente é também um torcedor. Eu como torcedor sou passional ao extremo, sou irresponsável e inconsequente. Eu, na condição de torcedor, posso, estou autorizado a não medir consequências. Quero meu time para cima, martelando o adversário, como já disse, não dando folga nem para os caras respirarem; com posse de bola objetiva, vertical, agressiva. Quero transformar tudo isso em gols, em goleada, em “chocolate”; botar o adversário na “rodinha de bobo”, humilhar os caras, gritar: “Olé! Olé”. Eu como torcedor posso pensar assim. Já na condição de dirigente eu não posso ser só isso. Tenho que ser responsável, consequente, ponderado e prudente. Tenho que subordinar as contratações a um plano. O planejamento do futebol não se restringe a uma temporada. Vai além, é continuidade. No INTER um mandato de uma diretoria dura dois anos. O planejamento também. Não fosse assim não haveria sentido na contratação do Alan Patrick, que pelo que soubemos tinha jogado umas quinze partidas apenas na temporada anterior, na Ucrânia. Ou o Alex, que tinha jogado isso ou menos nas Arábias. Ambos estavam em fim de temporada, tinham tido férias e não tinham feito pré-temporada. Os dois só podem dar resposta neste ano, de 2014, não tinha como desempenharem todo o futebol que sabemos que eles têm em 2013. Tudo porque o futebol é planejado para, no mínimo, um mandato presidencial.
   
   Então o Luís César torcedor pedia ao Luís César dirigente:
- Pô, meu, contata o Saviola! Tem que contratar!
   E o Luís César dirigente respondia ao Luís César torcedor:
- Onde ele vai jogar nesse time?
   O torcedor respondia:
- Pela direita, formando uma linha de três, atrás do Damião, com o D’Ale e o Forlán.
   O dirigente perguntava:
- Tu só podes estar louco! Quem é que marca nesse teu time?
   E o torcedor:
- Os dois volantes, os dois zagueiros centrais e os dois zagueiros laterais.
   O dirigente:
- Tu tá de brincadeira comigo. Não tens visto os jogos? Não viste as dificuldades que o subsistema defensivo tem apresentado? Nesse teu quarteto de frente apenas o D’Ale e o Damião voltam para marcar. E ainda assim... Tu não podes estar falando sério!
  
   Foi assim que o torcedor Luís César foi convencido pelo dirigente, de que o sonho de ter Saviola no grupo só poderia prosperar se duas preliminares fossem superadas: SE Damião saísse E SE ele, Saviola, viesse para disputar uma das vagas no ataque, do mesmo jeito que veio o Scocco. Javier teria que amargar uma reserva e jogaria quando o treinador precisasse de um cara com suas características. Pontualmente.
   Saviola era um bom negócio. Muito bom. Tinha terminado seu contrato com o Málaga, ES. Não tinha vínculo com nenhum clube. Não cobrava nada pelo “aluguel do passe”, como se diz tradicionalmente. Ele não pediu luvas. Vinha só pelo salário e um salário que podíamos pagar. A pedida dele era muito mais ajustada às nossas condições estreitas orçamentárias do que alguns que já estavam aí. 
   Marcamos de nos encontrar com o agente do jogador no Rio de Janeiro, no próprio hotel da concentração. Não lembro qual era o jogo. Acho que foi o empate de 3x3 com o Botafogo. Diego Queiruga era o nome do agente do Javier Saviola. Deixamos tudo alinhavado, mas ele deixou claro que o jogador era alvo do interesse de um clube europeu que jogaria a UEFA Champions League. E que daria preferência a esse clube. Acabou acertando com o Olympiakos, da Grécia e meu sonho de torcedor acabou. A novela também.